Sexta-feira em meio ao (meu) recesso de final de ano.
Diferente do habitual, acordei por volta das nove horas, com a sensação de que a manhã estava perdida, não haveria muito mais a fazer. Sou estranho, eu sei. E sei que por esses dias não há a necessidade de ser “produtivo”, entendam esse termo como quiserem.
Saí da cama, tomei café da manhã lendo o jornal impresso do dia (sim, sou eu quem ainda assina) e me pus em movimento: organizar a casa, colocar roupa para lavar, levar o lixo seco para o local adequado na garagem do subsolo. Molhar as plantas que ficam no corredor do andar, que antes eram cuidadas pela vizinha de porta há quase trinta anos, recém falecida.
Esses dias são propícios para reorganizar a vida, e falo pensando em arrumar armários, organizar papeis, descartar o que se tornou irrelevante. Nem sempre (quase nunca) consigo completar essas limpezas antes de o ano começar com tudo, mas sigo tentando. Acumula-se mais do que se elimina. O descarte serve para tentar reduzir ao que é realmente importante, e necessário.
É um processo, um método.
Sigo tentando, e aprendendo.
Até.