Uma confissão e uma (nova) obsessão.
Apesar de ter morado em uma casa dos sete aos vinte e quatro anos de idade, posso dizer que – sim – sempre fui um guri de apartamento. E estou tranquilo com isso, apesar de que seria legal ser um pouco, ao menos, diferente.
Digo isso no sentido de pouca habilidade e conhecimento para consertos e reformas em casa. Pequenos reparos elétricos ou hidráulicos, pintura e outros desse tipo. Principalmente porque nunca precisei fazer e, comodamente, deixei que quem conhecesse o fizesse. Minha culpa, minha máxima culpa. Quando morava com meus pais, há trinta anos, era meu pai quem fazia – em sua maior parte – esses serviços, pequenos ou não, em casa. Eu ficava de auxiliar, quando muito.
Após casado, morando efetivamente em apartamento, sempre houve alguém a quem recorrer em caso de pequenas urgências e reparos domésticos. Então, nunca houve realmente a necessidade que eu fizesse.
Não me orgulho disso.
Também não é o fim do mundo, eu sei. Não sou o primeiro e nem o último a passar por isso. Confesso, contudo, que percebi há um bom tempo uma vontade, ou uma necessidade de me envolver com isso, de ao menos participar de atividade envolvendo essas habilidades, mas em um cenário bem específico.
Estou obcecado por reforma de casas antigas, e abandonadas. E, como bom guri de apartamento, tenho acompanhado no You Tube alguns canais que mostram casas antigas, em más condições, que estavam abandonadas ou foram compradas com tudo dentro depois de anos sem moradores. Gosto de ver todo o processo, desde a limpeza da casa, retirada do lixo, até a reforma em si, em seus detalhes. Principalmente aquelas feitas por uma ou duas pessoas ao longo do tempo.
Gostaria muito de estar envolvido em algo assim.
O mais provável é que nunca aconteça.
Mas que seria legal (e trabalhoso e cheio de incomodações e caro), certamente seria.
Feliz Natal a todos.
Até.