De dezembro.
Estamos quase lá, ainda faltam vinte dias para iniciar o (meu) recesso de final de ano, e parece mais longe do que nunca. As urgências de dezembro, aquele mix de rotina de trabalho, confraternizações, amigos secretos, planos de férias de verão e necessidade de descanso fazem a rotação da vida estar mais alta do que o normal, quando o prudente (desejável) já seria um desacelerar.
Não me queixo.
Há um astral diferente (em mim, em mim), uma certa descompressão mental e dias mais leves, como se agora fosse apenas questão de levar o carro até o final, ‘na ponta dos dedos’, indicando que conseguimos, sobrevivemos. Um alternar entre viver o presente, recordar o passado e antecipar o futuro, imediato e de longo prazo. Como ocorre com certa frequência, gostaria (acho que preciso) de um tempo para ficar em casa apenas para organizar minhas coisas. Desapegar, eliminar o que está em excesso e o que não serve mais. Quase nunca consigo, ou apenas faço em pequenas partes.
Encontrar pessoas, ser leve.
Quase lá, quase lá.
Até.