Eu nunca gostei de guarda-chuvas.
Nada assim muito extremo, contudo, a ponto de dizer que “eu odeio”. Até porque odiar algo ou alguém é um traço… assim… vamos dizer… meio afrescalhado. Mas tudo bem, tem gente que odeia coisas ou pessoas, cada um, cada um. Eu não. Sou tranquilo, na boa, na paz. Apenas nunca gostei de guarda-chuvas, fazer o quê?
Não que eu ache eles inúteis ou algo do gênero. Eventualmente eles até cumprem sua função, que é evitar que molhemos o cabelo acabemos com o penteado arruinado. Pronto. “Penteado arruinado” é uma afirmação típica de um dono de peixe… bom deixa pra lá, o assunto hoje é outro.
O fato é que em Porto Alegre, desde que tive o meu primeiro carro, o saudoso passatão que a Jacque teve que empurrar algumas vezes, parei de usar guarda-chuva porque não havia mais a necessidade. O pior que podia acontecer era eu me molhar um pouco na corrida entre o carro e a proteção do local para onde eu estava indo. Nada muito grave, então.
Morando em Toronto, entretanto, as coisas mudaram.
Como não tenho carro – e nem carteira de motorista canadense e mesmo que tivesse não usaria o carro para ir trabalhar - uso o transporte público, metrô e bonde. Com isso, agora estou beum mais suscetível às intempéries. E voltei a usar guarda-chuva. E tenho gostado da experiência, por incrível que pareça.
Essa semana, principalmente ontem, choveu bastante aqui. Não só isso: choveu e ventou. E ventou muito. Foi quando relembrei de um dos esportes intrínsecos aos guarda-chuvas: driblar o vento para não tê-lo arrancado das mãos e destruído. Muito legal mesmo. E úmido. Frio. E escurecendo cedo. E vem mais frio por aí…
Verão, cadê você??
Um mês, um mês.
Até.