Por esses dias, o tempo passa devagar.
Não, não tem relação com o inverno que se aproxima e nem vou me queixar do frio. Para ser sincero, eu GOSTO do frio, e gosto do inverno, apesar do que eu possa ter dado a entender recentemente.
Inverno é, para mim, tempo de introspecção, de silêncios. De milongas e de chimarrão. E isso me agrada. É a fase em que penso mais na vida e suas escolhas e caminhos e possibilidades. Faço planos, estabeleço metas. E como, muito. Eu sei, o ato de comer e suas variáções (massas, risotos, churrascos, pizza, etc) não tem nada a ver com o que estou falando/escrevendo, mas eu tinha que citá-lo. Pode ser que eu esteja com fome. É, estou com fome. Espera um pouquinho que vou até ali fazer um pequeno lanche…
(…)
Pronto, adiante.
Eu falava que o tempo tem passado lentamente nos últimos dias, que parecem meses. E não sou só eu que notei. Descobri isso através de um pequeno estudo científico: para ver se o que eu pensava não era um momento “mimimi” meu, busquei uma segunda pessoa na exata mesma situação que eu. Casado, de Porto Alegre, morando sozinho aqui em Toronto, e indo em dezembro para casa. Não, não fui perguntar para o espelho.
Almoçamos no sábado, o Marcelo e eu (bem claro, isso não é um momento esquizofrênico, realmente aconteceu). Conversávamos sobre assuntos variados, até que ele disse – espontaneamente – que estava “louco” para ir para casa. Pronto. Confirmei minha teoria.
Eu sei porque o tempo está passando lentamente.
É porque faltam menos de três semanas para eu ir para casa para as festas de final de ano. Agora que falta bem pouco, a ansiedade aumenta e o tempo parece passar mais devagar. Simples, óbvio. Lembro o ano passado, quando iria para o Brasil para defender minha tese, e seria a primeira vez que voltaria para casa (e reencontraria a Jacque) desde que tinha vindo para cá. Estava tão ansioso que tive insônia em algumas noites. Ficava antecipando o quanto seria legal estar em casa de novo. Nem me preocupava com a defesa da tese (ou era negação, tanto faz).
Passou-se um ano, muita coisa aconteceu, e continuo com a mesma (maior, na verdade) vontade de ir para casa. Isso é bom, muito bom.
Até.
2 comentários:
Marcelo:
Somente um comentário:
Nada como um dia após o outro.....
Vc. viu o pênalti que o Internacional teve a seu favor contra o Palmeiras??? Está tudo armado para o Inter???
Abraços.
Edgard.
Segundo pessoas do meu ex-trabalho, eu vou passar a me sentir canadense logo logo. Que nao vou mais ligar a palavra LAR a Brasilia, meu ap, minha familia.
Posso ser bem sutil!?
Nao vou o meu rabo! :P
Minha CASA e aqui, mas meu LAR ainda e muito la, muita saudade do cheiro da minha casa, das conversas de madrugada zoando canais evangelicos com o meu pai, muita saudade do cigarro fumado com a minha mae na janela(sim, sim, sei que o cigarro me fazia mal :P).
Eu estou adorando o inverno ter chegado, me lembro do verao que tivemos e dou gracas a Deus.
Beijao
Postar um comentário