terça-feira, novembro 08, 2005

Pois é

A gente percebe que está ficando velho quando a geração seguinte começa a – sutilmente – te dar “dicas” de como funcionam as coisas mais óbvias.

Eu já cheguei nessa fase.

Domingo passado, falávamos, via Skype, com vídeo do Messenger, eu em Toronto e o pessoal – a Jacque, Paulo, Karina, Beta, Bibi e meus sogros – em Porto Alegre. Em meio à conversa, entre sincronizar as coisas, várias janelas abertas no browser, a Roberta me enviando mensagens e desenhos pelo Msn, eu disse a ela que não estava vendo tudo porque tinham várias janelas abertas (porque eu queria ficar vendo-os na webcam enquanto falávamos). Aí ela resolveu ajudar: “Minimiza, Dindo…”.

Ah tá, era só o que faltava. Olhei para ela e tive que perguntar se ela estava querendo ensinar o padre a rezar missa, um dito popular. Então lembrei de outro: chegou o tempo em que os postes estão urinando no cachorros. Que loucura…

Aí ontem, novamente no Skype com a Roberta, nove anos, e o Bibi, cinco, este último, do alto de sua experiência em informática, me diz “Dindo, abre o Msn para nos vermos na webcam”.

Eu não aguento…

#

Hoje encontrei o meu supervisor. Ele entrou na sala com a cara de decepcionado, e comentou: “Puxa vida, não podemos nem ir mais para Paris…”.

Sobre isso, na televisão ontem, no Stephen Colbert Report, foi dito que os Estados Unidos estão felizes com o que está acontecendo na França porque estão presenciando um país tomado pelo ódio e pela revolta, mas ninguém pode culpá-los por isso…

Até.