Há mais ou menos um ano, aqui neste mesmo blog, escrevi contando que eu gostava de andar de bonde aqui em Toronto. Continuo gostando.
Depois daquela primeira crônica, terminou o outono, o inverno chegou e, apesar de longo, também se foi, a primavera veio tímida e tímida passou, e verão foi quente e de dias longos e céu azul como devem ser os verões, e avançamos novamente pelo outono em direção a mais um final de ano. A vida passa, inexorável, e vamos criando pontes, estreitando laços e fixando raízes, que ficarão aqui mesmo depois que eu me for, e aqui não falo de morte, mas sim de retornar para casa.
Ontem, voltando do hospital, vinha eu no bonde pensando na vida. Havia esquecido de levar a música nossa de cada dia, então estava absorto em pensamentos, quando peguei de dentro da minha pasta o meu caderno de anotações e, imediatamente formulei esquematicamente uma teoria sobre a vida. Mais uma, aliás, entre as várias que tenho formulado ao longo dos anos e, em especial, no último, em que venho morando sozinho, o que proporciona mais tempo para pensar, apesar de este ter diminuído desde que tenho televisão. O que não é ruim, contudo.
Provavelmente, não é uma teoria nova, inédita. Alguém já deve ter pensado nela, afinal as pessoas vêm pensando e formulando teorias já há alguns mil anos. Mas é minha, já que não copiei de ninguém, não? Sou um autodidata, sob certo prisma.
Pois bem, tive a idéia e esbocei um esquema enquanto andava de bonde. Poderíamos chamá-lo de ‘Bonde Filosófico’, então? Bobagem, bobagem…
Não, não vou falar o que é. É apenas uma idéia, por enquanto, e ainda preciso desenvolvê-la, mas ajuda a explicar algumas situações que todos vivemos. Quando tiver mais clara e simples (como devem ser as boas teorias), eu explico aqui.
Até.