Apesar do que possa inicialmente parecer, não são – neste caso em especial – pensamentos rápidos, calóricos e pouco nutritivos. Chamei-os assim simplesmente porque estava eu, ontem, a almoçar no McDonalds (sim, eu gosto de McDonalds e como lá de vez em quando, por quê, vai encarar?) e, olhando para a rua, observando o movimento dos carros e das pessoas que circulavam, já agasalhadas pelo frio que nem era tanto, por uma série de pensamentos paralelos, cheguei à questão que pautou o resto do meu dia.
Qual é a medida que usamos para pesar nossas vidas?
Pois é, difícil, assim de improviso, eu sei.
Lembrei, então, de uma história mais ou menos antiga. Estávamos, uma vez, jantando e conversando amenidades, mas não só isso. Acontece, de vez em quando: a partir de conversas amenas, leves, sem pretensões, chegamos a questões graves, profundas, importantes. Dessa vez, num restaurante indiano, em Porto Alegre, a pergunta foi “Estás satisfeito com a vida?”. A minha resposta foi direta e simples: sim. Mas causou espanto.
Causou espanto porque naquele momento, profissionalmente, eu estava num período em que – como diria um amigo – eu estava “skateando na merda”. Parênteses. Quer definição mais perfeita que essa? Pensa bem, imagine a cena. Como progredir numa situação dessas? Vai ser muito lentamente, com dificuldades, com certeza. Fecha parênteses. Pois bem, naquela época eu fazia plantões em lugares muito ruins, sem condições mínmas de trabalho, o consultório não ia lá muito bem (de manhã na ia ninguém e à tarde o movimento caía um pouquinho). Como eu poderia estar satisfeito com a vida, afinal de contas? Porque estar satisfeito significava que eu não me sentia estimulado a progredir, a crescer. Certo?
Errado.
Simplesmente porque não era essa a forma pela qual eu media o meu sucesso na vida. E o estar satisfeito – para mim, que fique claro – não significava não querer evoluir, avançar. Significava que eu estava feliz comigo, com a vida, e estar de bem com o mundo me proporcionava projetos e aspirações. Mas isso era com relação à minha profissão. E, para mim, isso nunca foi o mais importante da vida. Com certeza, é uma parte significativa, mas não a mais importante. Nunca foi, ao menos sempre tive isso bem claro.
E não importa (pelo menos não mais) que medida os outros usam para pesar suas vidas, ou até mesmo para pesar a minha. Eu sei o que tenho que fazer.
Até.
UPDATE:

Tive o prazer e o desprazer de assistir pela tevê aqui em Toronto ao jogo Corinthians X Inter. Prazer porque tive certeza que o Inter é o melhor time do Brasil, e desprazer porque assisti, ao vivo, ao Inter ser ROUBADO, ao não ser dado um penâlti claro a favor do Inter. Não bastasse isso, o juiz ainda expulsou o jogador que sofreu o pênalti!
Era mais fácil já ter dado a taça para a MSI, que a comprou.
Falei.