Iniciei o meu trajeto para o trabalho ouvindo música, como de costume. O repertório mais comum na maior parte dos dias é o que estamos preparando para o próximo show (em 01/11, detalhes em breve, Save The Date). Nesse caso, de hoje de manhã, e não é spoiler, era Black Sabbath.
Trânsito bem pior que nos dias normais de trânsito ruim. Motoristas como de hábito sendo imprudentes e imperitos em frente, tornando ainda pior a experiência de todos os dias de manhã. Mesmo com minha já anunciada disposição de não me irritar com questões que não me dizem respeito, começo a ficar incomodado com o que vejo. Paranoid tocando no som do carro, e eu mais irritado com o mundo (o trânsito) exterior.
Trocas de pista sem sinalização, conversões proibidas, direção imprudente, e Sabbath Bloody Sabbath é o que toca agora. Minha irritação aumenta. Tenho o que talvez seja uma epifania, ou uma injustiça: me pergunto se a música não está influenciando meu humor.
Troco de playlist.
Aumento o volume. O que toca agora é Frank Sinatra, ‘Cheek to Cheek’.
Heaven
I'm in heaven
And my heart beats so that I can hardly speak
And I seem to find that happiness I seek
When we're out together swinging cheek to cheek
Estou em um mundo paralelo, tudo acontece lá fora e aqui dentro, na paz do isolamento acústico, nada entra.
Mas não faz diferença.
Os idiotas, imperitos e imprudentes continuam a fazer das suas, e atrapalhar o trânsito. Minha irritação não tem a ver com qual música estou ouvindo. Era injustiça culpar o Black Sabbath pelo meu mau humor.
Estou precisando meditar.
Ou não.
Até.