Alguém escreveu, não sei quando, que levamos muito tempo para nos tornar quem realmente somos. Para ser honesto, não tenho nem certeza de que foi isso o que foi escrito, mas é uma ideia geral, digamos assim. Talvez quisesse dizer que precisamos de tempo e maturidade para entendermos aquilo que nos motiva, ou a nossa essência, não sei.
Eu sou alguém que ganha livros de presente.
Ontem, Dia dos Pais, o almoço de família foi lá em casa, uma tradição que a Jacque e eu fazemos questão de manter. Fizemos, ela e eu, em conjunto, o almoço, para os pais, o dela e o da Marina, no caso, eu... Foi bom.
A minha Mãe estava lá junto, claro, e – ao chegar – me deu de presente pela data um livro, que coloquei na mesa de cabeceira para ser o próximo a ser lido, logo que termine o que estou lendo atualmente, que na verdade é uma releitura: ‘Os Sofrimentos do Jovem Werther’, lançado em 1774, dito o mais famoso romance da literatura alemã, escrito por J.W. Goethe, que li aos quatorze ou quinze anos. O próximo, então, será o que me foi presenteado.
Ao longo do dia, após todos terem ido para suas casas, ainda meio sonolento na tarde de sol que batia na janela do meu quarto, me dei conta: eu voltei a ser uma pessoa que ganha livros de presente, e isso diz muito sobre mim.
Passei o resto do dia satisfeito comigo mesmo...
Até.