Estou em uma fase da vida em que gosto de ir a congressos, mas vinte e quatro horas depois de sair de casa já quero voltar. Após assistir algumas aulas, encontrar alguns colegas, estou pronto para voltar e poder dormir na minha cama.
Confesso que sofro para dormir em quartos de hotel.
Em geral, claro, pois existem exceções, e o principal motivo de meu desagrado são os travesseiros, normalmente volumosos e grandes, exatamente o oposto do que costumo usar em casa. Por isso, o habitual é eu levar – como recurso salvador – não o meu travesseiro junto, o que seria ideal, mas medicamento para induzir o sono. Funciona em diversas situações de viagem, para pegar no sono sem demora, sem dificuldades.
Quando viajava a trabalho para congressos internacionais, em diferentes fusos horários, o uso dessas medicações era providencial, porque – além do fuso horário – o dia longo de trabalho terminava com um jantar que às vezes se alongava, entre conversas e estórias, e o dia seguinte seria de despertar cedo para um novo longo dia. O risco sempre foi de me ‘acostumar’ com essas medicações, e me tornar dependente, mesmo que, sei lá, psicologicamente. Não aconteceu.
Dessa vez, esqueci de trazer.
A primeira noite foi, por isso, um inferno. Travesseiros duros e altos, calor aliviado por um ar-condicionado que parecia um trem dentro do quarto. Diversos despertares, sonhos estranhos. Tempo total de sono reduzido, mas estranhamente um quantidade boa de sono profundo (via monitor de sono do relógio).
A segunda noite, como esperado, um pouco melhor. A próxima seria ainda mais tranquila, mas estarei em um avião voltando para casa. Sextou.
Ao menos isso.
Até.