sexta-feira, setembro 13, 2024

Dudu

Uma história (quase) de viagem.

Quando íamos viajar para a Europa a primeira vez, nós, o grupo autointitulado de ‘Perdidos na Espace’, referência à van que havíamos alugado para nossa viagem de 1999, uma Renault Espace de 7 lugares e, claro, à série de tevê ‘Perdidos no Espaço’, tivemos um período de planejamento (e preparação) longo, o que motivou situações divertidas, de reuniões e e-mails trocados. Até escrevi um relato dessa viagem, que dei de presente aos viajantes.

 

Como morávamos em cidades diferentes, e não conseguíamos nos reunir presencialmente com frequência, nos comunicávamos muito por e-mail, já que no milênio passado, quando dessa viagem, ainda nem existiam smartphones, quanto mais WhatsApp. Então, e entre idas e vindas, mudanças de câmbio, divertidos debates e mudanças de roteiro, muito “discutimos” sobre a viagem. Um dos integrantes do grupo que, assim como eu, nunca tinha ido para o Velho Continente, era um dos mais, podemos dizer, ansiosos, ou talvez precavido, e tudo, qualquer alteração do dólar ou problema na geopolítica mundial, tudo era motivo para e-mails, novas divertidas e algumas vezes acaloradas discussões e debates.

 

Apelidei ele de “Dudu, o Alarmista”.

 

Pensando bem, não sei se ele ficou sabendo disso... A referência clara (para quem tem a minha idade) é a um personagem das tirinhas “As Cobras”, do Luís Fernando Veríssimo, e caiu como uma luva nesse nosso amigo.

 

Lembrei disso por causa de um grupo de WhatsApp, entre os muitos de que sou parte, em que um dos integrantes com quase assustadora frequência compartilha notícias de tragédias e potenciais tragédias sobre o mundo, sobre os acontecimentos. Tenho sempre vontade de chamá-lo pelo apelido dado a esse outro amigo há 25 anos, mas acho que o atual alarmista não ia ficar feliz...   

 

Sei lá.


Até.

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