Não é sobre mim. E nem sobre você.
Mas deveria ser.
Venho, já há algumas semanas, naquele já falado processo de mudança de abordagem com relação ao trânsito: decidi não mais me estressar com o que acontece à minha volta. Resolvi que não era motivo para me irritar, me incomodar. Um esforço consciente, voluntário.
O meu mantra passou a ser o “não é sobre ti”, que eu dizia para mim toda a vez que testemunhava uma infração, uma manobra arriscada ou não permitida. O objetivo era ficar na minha, não perder o humor por causa de coisas menores (o trânsito é uma coisa menor na vida).
‘Não é sobre ti’, “não é sobre ti’, repetia.
Até que me dei conta que deveria - sim - ser sobre mim, e sobre você também. Deveria sempre ser sobre o outro. Nossas atitudes perante a vida deveriam sempre levar em conta o outro. Pensar em mim, certo, e justo, mas nunca esquecendo de que a convivência em sociedade, em comunidade, a civilização, dependem da consideração que temos pelo outro. A vida torna-se melhor quando vivemos em comunidade, em grupo, e nos preocupamos não só com nosso bem-estar, mas com o do outro também.
É o mínimo, mas que as pessoas – não só no trânsito – muitas vezes esquecem. Eu tento lembrar, e agora ainda mais quando estou atrás do volante. Um minuto a mais não vai mudar nossas vidas.
Empatia, empatia.
Até.
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