quinta-feira, setembro 05, 2024

Sobre Aprender

Somos, ou deveríamos ser, ao longo da vida, sempre, de alguma forma, aprendizes. 

 

Eu me considero assim, ao menos. Estou sempre disposto a aprender algo, a aumentar o meu conhecimento das coisas, do mundo. É uma forma de humildade, essa eterna curiosidade.

 

Mesmo sabendo que já tenho idade e experiência para ensinar algumas coisas para algumas pessoas, prefiro sempre acreditar que tenho mais o que aprender do que ensinar. Isso em muitos campos do conhecimento. Lembro de um dos ensinamentos atribuídos ao filósofo grego Sócrates, o “só sei que nada sei”. Quanto mais sei, mais sei que não sei. De novo, humildade.

 

Por ter esse espírito de aprendiz, de que sempre existe algo que eu possa aprender, e que as pessoas com quem convivo têm algo a me ensinar, é que gosto de conversar, conhecer pessoas (esse é o espírito por trás do Qual é o Tom, nosso programa no You Tube, confere lá), ouvir suas histórias e estórias.  E gostei da ideia dos mentores, dos mestres, e da possibilidade de conviver com eles.

 

Eu tenho esse privilégio, de conviver com colegas, amigos e amigos-colegas, mais velhos (ou não) e mais sábios do que eu, porque – em nossa convivência – estou sempre pronto a ouvir e aprender. Tenho a sorte e a sabedoria (humildemente, claro) de saber ouvir. Com alguns deles, tenho uma relação meio paternal, na qual ouço o que tem a dizer quase da mesma forma que ouvia meu pai falar e me orientar.

 

Hoje cedo, conversando com um deles, e falando da minha estratégia estoica de tentar não me preocupar com as situações que não dependem de mim, e focar nas que dependem, ele reforçou essa abordagem da vida, e lembrei que ele já havia me falado exatamente isso há mais de 30 anos, quando eu ainda era paciente e aluno seu. E hoje, seguimos com a relação de amizade, nos cafés do início do dia, antes de começar o trabalho. 

 

Sigo aprendendo, sempre.

Até. 

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