terça-feira, setembro 17, 2024

O Limite

Esticar a corda.

 

Uma das características da criança, ao descobrir o mundo, é a busca por limites. Para poder conhecer o que a cerca e, também, conhecer a si mesma, ela precisa estabelecer as fronteiras do razoável, saber até onde pode ir. Conhecer o limite.

 

Por isso, está sempre testando, nos testando.

 

Como eu digo, está esticando a corda para ver até que ponto vai.

 

E a função dos pais, primordialmente, e da sociedade, é estabelecer o limite do razoável. Uma função fundamental, devo dizer. Criam-se adultos fracos quando não se estabelecem essas condições. E, infelizmente, é o que mais vemos por aí por esses dias.

 

A falta de limites na infância vai resultar em adultos com dificuldades de relacionamento, tanto pessoais quanto profissionais, e vai tornar a vida dessas crianças que sempre foram “mimadas” mais difícil. Por não querer frustrar os filhos na infância, esses pais causarão sofrimento a eles num futuro não muito distante.

 

Acontece, então, de termos – algumas vezes – de impor limites a adultos, o que são situações potencialmente constrangedoras para nós e perturbadoras para eles, apesar de necessárias. Como quando, em meio a uma conversa, aumentam o tom de voz, mesmo que por escrito, tentando impor sua visão e/ou vontade, e precisamos nesse momento não ceder, e dar um basta. Contrapor, encarar.

 

E então se desconcertam.

 

Um dia irão aprender.

 

Até.

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