Não, esse não é um texto sobre o chimarrão.
Poderia ser, contudo, e estaria adequado para uma manhã plúmbea e chuvosa de setembro, mesmo que não esteja frio. A ausência de sol traz gravidade à vida, e facilita nossa jornada à introspecção. Mesmo sendo uma aberração.
Explico.
Contra as evidências do mundo ao meu redor, e nem de longe querendo ser ou parecer negacionista, digo que setembro, e a primavera, deveriam ser de céu azul e sol brilhando, além de temperaturas amenas. Não consigo, minha memória e meu conhecimento não permitem, dizer se já foi assim em algum momento, mas deveria, sem nenhuma dúvida. Talvez os setembros e as primaveras de minha juventude fossem assim. Ou não.
O título desse texto de uma quinta-feira chuvosa relaciona-se com os textos diários a que tenho me proposto e conseguido entregar, e que pela periodicidade são inevitavelmente influenciados pelas variações do (meu) humor do cotidiano. Não sou (não somos) imune (s) ao mundo que me (nos) cerca.
Assim, aquilo que podem ter parecido (para mim, para mim) textos amargos, ressentidos, ou mal-humorados nos últimos dias, são reflexo um ambiente externo que, por mais que eu tente evitar, acaba influenciando o meu humor quando escrevo. Não deveria ser assim, afinal é apenas uma parcela pequena do meu tempo em que conseguem me incomodar. Por outro lado, sei (e sinto) que a escrita é terapia, e escrevo justamente para ‘botar para fora’ o que penso, o que sinto. Aliviar a tensão.
E não dar um soco em quem merece...
Até.
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