quarta-feira, março 09, 2005

Várias Variáveis


No carro
Originally uploaded by Marcelo Tadday.


Cadê?

Tenho me perguntado, nos últimos dias: Onde é que está a primavera, que não vem?

Sobre 'Cultura Inútil'

Para aqueles que reclamaram que não tiverem suas cidade incluídas no censo dos leitores do blog feito no dia 05, a explicação. Esse trabalho foi feito pelo StatConter, que rastreia a origem dos ISPs (seja lá o que for isso) de quem acessa o blog, e fornece as estatísticas. Não é culpa minha, não estou ignorando meus leitores...

TOC

De perto ninguém é normal, já dizia Caetano. Mais, todos temos nossos distúrbios psiquiátricos em maior ou menos grau. Na maioria das vezes, não afetam a nossa vida, mas é engraçado notar.

Faz alguns anos, por exemplo, que me deparei com a minha paranóia. Aconteceu assim, em frente ao espelho. Eu a olhei, sorri, a partir daí passamos a conviver numa boa. Eu me auto-diagnostiquei como um “Paranóico feliz”. Sou meio paranóide (e quem não é) mas convivo bem com isso.

Hoje, finalmente, encarei de frente o meu TOC (transtorno obssessivo-compulsivo). No bonde. Funciona assim:

Para ir para o hospital, todas as manhãs, saio de casa, atravesso a rua, entro na estação do metrô, pego o metrô e desço duas estações depois, para então pegar o bonde no final da linha que vai me levar até a frente do hospital. Como pego no final da linha, ele sempre está praticamente vazio, e vai lotar durante o trajeto. Depois de várias viagens para o hospital, descobri o melhor lugar para sentar para, na hora de descer, não ter dificuldades, ou não precisar levantar muito antes.

Subindo pela porta de trás (no fim da linha pode-se fazer isso), sento no segundo banco em direção ao fundo do bonde. Ou seja, entro no bonde e vou para a esquerda e sento no segundo banco, do lado direito do bonde. Por que não no primeiro, mais perto da porta? Porque, como sou alto, fico com as pernas apertadas no primeiro banco, que tem espaço menor. Então, o segundo é o ideal porque só preciso levantar na hora de descer quando ele pára para as pessoas descerem.

Pois então, hoje – ao chegar para pegar o bonde – me percebi preocupado com a possibilidade de alguém ter sentado no meu banco… Não tinham, mas – como havia um ônibus estragado bem no trilho do bonde – e depois de ficar quinze minutos parado esperando que o removessem – desci do bonde e peguei o metrô andando mais algumas estações para então pegar outro bonde que me levasse ao hospital… Sorte que tinha saído cedo de casa, senão teria me atrasado muito.

Desmentido

Isso o que a imprensa brasileira anda falando de mim não é totalmente verdade…

Dúvida

E a primavera, que não vem?


Teletransporte Nº 4

Me ofereceram Buda, Krishna, Cristo
Um coração, um ombro, a mão
Um visto pro Japão
Não que eu achasse graça
Mas me lembrava
Aquelas calças divididas
A langerie por cima
Ainda por cima aquelas pernas
Tantas idéias, tantas braçadas
Tantos amassos, tanta tesão
Não que eu me desse conta
Enquanto havia
Mas na memória
As contas da história brilham na luz
E nessas horas
Não tem mais hora
É sempre meio-dia

Seria um lindo domingo
Um grande desfile
O último show
Se houvesse um teletransporte
Se fosse arte nas mãos de deus

Porém o céu parece estúdio
Nem o silêncio não diz nada
Mesmo essas frases vão pro lixo
São como lenços de papel
Ainda por cima aquelas pernas
Algumas coisas serão eternas
Que bela idéia acreditar
Que o mundo te aprendeu

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Marcelo; Eu acho que a rotina faz a gente ficar metódico. Mas kd a primavera ??? bjs,