A última semana, em que estive entre Porto Alegre e Curitiba a trabalho, foi de pensar e repensar a (minha, nossa) relação com as redes sociais, com o quanto nos expomos e estamos expostos publicamente, e o controle que temos ou não sobre a forma que as pessoas nos veem. É uma realidade da qual não posso (não podemos) fugir.
Eu me exponho online, sim, sendo essas crônicas que escrevo diariamente, e que são/foram transformadas em livro(s), a face mais evidente. Aqui, escrevo para mim e torno público, ou relativamente público, porque para me ler tem que, de alguma forma, me conhecer e ir atrás dos meus escritos. Da mesma forma, em minhas redes sociais - Instagram, por exemplo – em que visualmente compartilho episódios e pessoas. Nessa rede, tenho perfis públicos, tanto o pessoal quanto o profissional, porque servem para divulgar minhas diferentes atividades.
Por serem públicos, corro o risco de me expor e – pior – expor demais as pessoas que convivem comigo. Tento, desde sempre, não exagerar, não expor demais, não ser de alguma forma invasivo, pois os outros não tem a ver com isso. Sempre procurei manter um certo comedimento na vida digital (talvez nem sempre tenha conseguido, vocês podem julgar).
Então volta e meia me vejo questionando tudo isso.
Como equilibrar, como resolver a equação exposição versus privacidade?
Existe um mundo de possibilidades e um lado bom, divertido, em mostrar fatos da vida em rede social, e o principal talvez seja compartilhar esses episódios com amigos com os quais não estás em contato diariamente. Eu, particularmente, fico feliz em saber o que acontece com pessoas que me são queridas e que nem sempre conseguimos nos encontrar com a frequência que gostaríamos. Isso proporciona a boa sensação de proximidade, de pertencimento.
O outro extremo é o risco de estarmos sujeitos a malucos(as) que ficam nos seguindo virtualmente e criando fantasias a partir que do leem e/ou veem em nossas redes.
Só que isso, evidentemente, é caso de polícia.
Até.