Você não me conhece por me ler.
Sim, eu falo de mim, contos histórias e estórias minhas, compartilho minhas ansiedades, angústias, momentos bons, emocionantes, de felicidade, até algumas conquistas pessoais, mas isso não quer dizer que eu compartilhe tudo e muito menos que eu seja aquilo que eu escrevo.
Também sou, claro, mas não apenas. E o fato de alguém me ler significa apenas que ela acaba sabendo de uma pequena parte da minha vida, um recorte, que eu optei por compartilhar. Não mais que isso. Você pode me ler diariamente e, portanto, saber de fatos que eu contei em alguma crônica, mas lamento dizer que você não me conhece. Se isso não é suficiente para você (não imagino porque não seria), paciência.
Redes sociais não são a vida.
Nunca perco essa verdade do meu horizonte.
A vida de verdade, a vida real, ela ocorre fora do virtual. Ocorre presencialmente, no dia a dia, na conversa, no olho no olho. Nos cafés, nos churrascos.
Se você, prezado leitor, acha que realmente me conhece e imagina que entende o que se passa comigo a partir dos meus escritos, que são – sim – pessoais, apesar de serem apenas uma fração do que me acontece, do que vivo e do que penso, lamento informar, mas você está enganado.
Eu sou o da vida real, que é a que importa.
Até.