terça-feira, maio 13, 2025

Como Faço

Sobre escrever.

 

Tenho escrito diariamente nos últimos dez meses, atividade que costumeiramente classifico como artesanato, que é prática constante em busca do aperfeiçoamento, da evolução, do refinamento na escrita, naquilo que chamo de ofício de escritor. Falo de mim, claro, e não me comparo a ninguém, para o bem e para o mal.

 

A disciplina e a constância com que tenho trabalhado nisso tem, e era um dos objetivos, se estendido para outras dimensões da vida, para as quais eu já vinha procurando melhorar nesse sentido, aquele velho de ser, ou me tornar, alguém que vai até o final de seus objetivos, alguém que se segue planos. Ou, no mínimo, alguém que se entende dessa forma.

 

Escrever diariamente é, além de artesanato, como eu disse, um desafio no sentido de ter o que dizer, de saber o que falar/escrever todos os dias. Como faço, então?

 

Duas possibilidades, basicamente.

 

A primeira, não em ordem de importância, é que, ao longo do dia anterior e até o momento em que vou escrever a crônica diária, possa surgir algum tema, alguma observação, ou história que surja e eu sinta a necessidade de contá-la, compartilhar meus pensamentos e minha reflexões sobre o fato ocorrido ou observado. Estou sempre “de olho”, em busca da história que precisa ser contada, e ela quase sempre surge.

 

A outra possibilidade é chegar na hora em que costumo escrever logo pela manhã e parar em frente à tela, em frente à virtual folha em branco, começar a escrever e – de certa forma – passivamente descobrir o que preciso escrever. Certamente o que sai é algum tema que povoa meus pensamentos, causa angústia e inquietação e, mesmo que eu não saiba previamente, precisa ser escrito.

 

Tipo terapia, mas bem mais barato.


Até.