Eu tenho TOC.
Não, não tenho.
Como todo mundo, porém, eu também manifesto em maior ou menor grau determinados traços psicológicos que – em excesso – poderiam ser considerados patológicos. O importante, nesse caso, é reconhecê-los, ter controle (até onde possível) e conseguir tocar a vida a despeito deles.
Como aquele certo grau de paranoia com o qual eu convivo. Já sei que acontece, reconheço sua existência e, mesmo que algumas vezes me sinta excluído ou isolado, trabalho relativamente bem com isso. Tenho a humildade de reconhecer esse traço.
O mesmo acontece com algumas características obsessivo-compulsivas que manifesto na minha rotina. Como com a forma correta de estender a roupa no varal, que EU SEI como fazer, que lá em casa não costumam respeitar, e é o mesmo que acontece com a forma correta e lógica de retirar as compras do carrinho de supermercado para passar no caixa. Eu estudei a melhor forma, a ordem correta, que leva em conta vários fatores, inclusive como colocar as compras já na sacola de volta ao carrinho, sem danificar os produtos mais sensíveis. Não sabe como fazer? Deixa comigo, eu resolvo.
Todos esses ditos ‘traços’, ou aspectos, ou idiossincrasias de personalidade, são – caracteristicamente – pessoais, no sentido de que não afetam outras pessoas, não incomodam ninguém. Dizem respeito a mim, e apenas a mim. Então, me deixem em paz... Porém, quando alguma das características peculiares das quais falei – minhas ou de outros - afetam as pessoas, isso realmente me desagrada.
Como com a administração do tempo.
Assim como respeito o meu próprio tempo, respeito MUITO o tempo alheio. Essa é uma das razões pela qual eu virtualmente SEMPRE estou no horário combinado, tanto em situações sociais quanto situações profissionais. Por consideração aos outros, claro, mas principalmente eu espero que as pessoas respeitem o meu tempo assim como respeito o delas.
Acho princípio básico da convivência humana, certo, Alemão?
Até.