Escrever é um ato solitário.
Digo que escrevo sozinho, para mim, eu cá com meus botões, e tenho a escrita como forma de terapia, com forma de traduzir, materializar na folha em branco virtual, expressar sensações e sentimentos e angústias. Minhas, e só minhas. Escrevo sobre mim, na maior parte das vezes. Quem sou e como eu vejo o mundo.
Me exponho. Como em uma vitrine, como se estivesse em um balcão de açougue, com minhas entranhas, minhas vísceras expostas ao público passante. Me disseco em praça pública (exagero, eu sei, mas vale como figura de linguagem...).
E está tudo bem.
Faço isso voluntária e conscientemente, porque sou assim. Só que o confessar, o dissecar e o me expor é também literatura. Ou seja, coloco em destaque, amplifico, algumas vezes dramatizo a vida no papel, e sei que sabem que a vida real, do dia a dia, do prato de comida e do trânsito difícil nem sempre é assim.
Obrigado a você, que me lê.
Mas cuidado com o que você lê...
Até.