Há quase um ano, decidi que eu deveria (tentar) escrever diariamente, como forma de prática, e - também - para aperfeiçoar a minha escrita. É o que sempre (me) digo, que vejo o ato de escrever também como trabalho braçal, artesanato.
Só que escrever, evidentemente, não envolve apenas a práxis, o ato mecânico de (hoje em dia) digitar as palavras escolhidas, porque não mais escrevo à mão, caneta ou lápis e papel. Ainda mais importante do que o ato mecânico de escrever, é ter histórias e estórias a contar, e caímos na definição que eu tenho da vida e de quem sou, que são estórias para contar e um contador de estórias, respectivamente.
Tenho histórias, conto estórias.
Só que escrever todos os dias traz um risco, que é o da repetição. Como minha rotina envolve iniciar o dia escrevendo, e aquilo que está em minha mente no momento que vou escrever, e a não ser que eu já venha com uma motivação prévia, vai ser tema da crônica do dia. Corro o risco, como disse, então, de – apenas após ter escrito e publicado – eu perceber que provavelmente eu já tenha escrito algo parecido anteriormente.
Pode acontecer, sim.
Azar.
Até.