quarta-feira, outubro 08, 2025

Oito de Outubro

Manhã de sol. Quarta-feira.

 

A vontade que tenho de escrever amenidades sobre o clima, a primavera que recém começou e a temperatura que é baixa hoje e tornar-se-á agradável ao longo do dia é maior do que a possível necessidade de abordar assuntos pesados, como política doméstica ou internacional.

 

Não que não sejam temas importantes, pelo contrário, mas não quero iniciar o dia, que começa mais tranquilo que os demais por ser quarta-feira e por ter sol, que incide sobre a mesa da sala de jantar em um silêncio que é quebrado pelos ruídos da rua, o tráfego, e, também, pelo som da água que corre da fonte de onde os gatos tomam água, não quero, como estava dizendo, começar o dia com assuntos pesados. Como os motores ruidosos em pulsos que se alternam quebrando os silêncios.

 

O jornal de papel que ainda assino e leio sobre a mesa da cozinha também iluminada pelo sol, a cadeira vazia onde tomei o café da manhã. Tudo, desde o silêncio entrecortado pelos sons da cidade até o sol que invade e ilumina casa onde estou só agora, tudo remete à paz de espírito, à tranquilidade. 

 

Tenho estado tranquilo por esses dias, mesmo que muito esteja por acontecer e que mereça minha (nossa) atenção, projetos e eventos em andamento, nesses dias que parecem correr mais rápido porque se aproxima o fim do ano e vemos a areia escorrendo pela ampulheta e a sensação de urgência aumenta. Ainda assim, e apesar disso, durmo tranquilo, com a consciência em paz de estar fazendo o possível e o meu melhor.


Até.