Dia desses, estávamos nós, três amigos cuja amizade beira os quarenta anos, reunidos depois de algum tempo, nos atualizando sobre nossas vidas, as coisas pelas quais temos passado, fatos bons, preocupações, vocês sabem como é. Histórias e estórias.
Em determinado momento, lembrei do quarto integrante de nosso núcleo principal daquela época, o final dos anos oitenta, que foi parte importante do grupo e que – por razões nunca entendidas por mim, ao menos – se afastou de nós e nunca mais deu notícias. Sumiu de nossas vidas, que seguiram como sempre seguem, independente dos fatos que nos ocorrem.
Foi quando me dei conta que estávamos falando de alguém que convivera conosco por cerca de três anos, há quase quarenta anos e ainda, eventualmente, lembrávamos dele. E percebi também que acontece não só com esse ex-integrante de nossa turma lá dos anos oitenta, da época da Escola Técnica de Comércio da UFRGS, do Curso de Operador de Computador.
Existem vários exemplos de pessoas que tiveram uma curta passagem – e agora falo de mim – na vida e cuja influência (não sei se é esse o melhor termo), ou marca, persistiu no tempo. São pessoas das quais ainda lembro – talvez de maneira recorrente, não sei – mesmo depois de muito tempo de sua passagem pela minha vida, mesmo depois que os caminhos que seguíamos deixaram de ser paralelos, no sentido de que caminhávamos lado a lado, se desviaram e se afastaram de forma definitiva.
O que determina a marca que as pessoas deixam em nossas vidas?
Tenho que pensar e escrever mais sobre isso.
Sem falar na importância daqueles que permanecem.
Outro dia, outro dia.
Até.