Tenho sido um bom pai.
Como sempre digo, autoconfiança é tudo na vida, mas não é esse o caso. Não estou afirmando que as pessoas pensam isso de mim – que sou um bom pai – e muito menos que eu seja, na visão do mundo, um bom pai ou não, porque isso não importa, não interessa. O que quero dizer é isso, que tenho sido um bom pai.
Porque estou tentando fazendo o meu melhor.
É isso o que me deixa de consciência tranquila, que vai me fazer – em algum momento futuro – olhar para trás e dizer, sereno, que fiz o que pude, assim como entendo que foi com o meu pai e com o pai dele e assim por diante. Na maioria das vezes, procuramos fazer o nosso melhor, aquilo que acreditamos ser o melhor para nós e para nossos filhos, aliás, para eles e para nós, porque essa é (ou deveria ser) a ordem de prioridades na vida: os filhos em primeiro lugar. Claro que existem aqueles que não são ou não pensam como eu, que não dão a importância que eu acho que deveriam dar a isso, mas acredito que a maioria de nós, pais (e mães, óbvio), estamos fazendo o nosso melhor.
Estou presente e procuro estar presente na vida da Marina. Dialogar, dar a liberdade dela falar o que pensa, de tomar suas decisões (e ser sempre seu porto seguro). Deixar que ela tenha autonomia. Passar tempo juntos, criar memórias. Mostrar afeto, verbalizar isso. É o mínimo que espero de mim, mas talvez seja tudo o que possa fazer. Mostrar o caminho, mas deixar ela trilhar seu próprio enquanto fico aqui na torcida.
Trilhei meu caminho na vida porque meus pais me deram essa autonomia e suporte. Procuro fazer o mesmo com a Marina, mas do meu jeito (e da Jacque, claro).
E assim, quando mais tarde me procure, quem sabe a morte, angústia de quem vive, ela possa dizer do pai que teve que não foi imortal posto que chama, mas foi infinito enquanto durou...
Até.
(homenagem ao Dia dos Pais e a Vinícius de Moraes...)
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