sexta-feira, julho 08, 2005

Quando a vida imita a arte…

E não tem graça nenhuma.

Há muitos anos atrás, nos reunimos, o Radica, o Igor e eu para escrever um texto. Naquela época, tínhamos o hábito de escrever histórias em grupo. Algo como um brainstorm. Uma história clássica, que inclusive virou história em quadrinhos pelo talento do Radica, se chamava “A Morte vem num ônibus de dois andares”.

Se passava em Londres, e contava a história de uma striper que à noite era bibliotecária, e acabava com ela se revelando ser a morte, e que andava nos tradicionais ônibus londrinos. Não pude evitar de lembrar dessa história, assim, com um sorriso meio amarelo, ao ler o noticiário sobre as bombas que explodiram lá e que uma dela destruiu um dos ditos ônibus.

Nada a ver, eu sei, mas foi inevitável.

Para aqueles que, como eu, que amavam os Beatles e os Rolling Stones, a Inglaterra tem uma mística toda especial, e todos nos sentimos atingidos pela violência, assim como quando o alvo foi Madri, Istambul e New York. Mas também Bali, Israel, o Iraque, a Palestina, e mesmo o Brasil, que vive uma guerra civil não declarada, com a violência matando todos os dias. Somos feridos sempre que humanos morrem por razões estúpidas.

Religião é uma razão estúpida para se morrer.

Política é uma razão estúpida para se morrer.

Dinheiro é uma razão estúpida para se morrer.

E isso parece não ter fim. Um ataca o outro que revida e vai haver revide do revide e revide do revide do revide e assim ad nauseum.

É muito estupidez junta, lamento.

Estou hoje sem humor.

Até.

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