Nada a ver. Só achei este título simpático.
Agora falando sério.
Há alguns meses, logo depois de ter chegado aqui em Toronto, escrevi que minha vida tinha mudado desde que eu comprara um diskman. Isso durou mais ou menos um mês.
Porque aí virou um saco andar com o diskman. Não, não enjoei, mas era irritante como dava problema. Tornou-se virtualmente impossível ouvir uma música inteira sem que o CD pulasse ou desse erro. Desisti de ouvir música na rua. Fazer o quê? Paciência…
Esso é uma das características do zen-budismo: o conceito da impermanência.
Nada, nem nós e nem o Cd player somos eternos. Não adianta ficarmos agarrados ao passado, à época em que o Cd tocava sem problemas, porque isso não volta mais. Nem adianta sofrer com isso, se desesperar. Cd players morrem e vão para o céu dos Cds players. É fato da vida, e não há nada que possamos fazer que vá mudar isso. O jeito é tocar a vida adiante, seguir em frente, já que ele não pode mais fazer isso: tocar...
Muito tempo passou desde então, até que me vi frente a um desafio.
A esteira.
Vocês sabem, faz um mês que comecei a fazer atividade física, depois de mais ou menos vinte anos sem praticar esportes (como o conceito do tempo é relativo, é assim que me sentia, pouco importando que na verdade faziam nove meses). Matriculei-me numa academia e tracei o meu próprio plano de treinamento, como foco na parte decondicionamento aeróbico: caminhar, correr e bicicleta. E é neste momento que entra a esteira nesta história (gostei, esteira história, a rasteira história da esteira… que bobagem…).
A parte aeróbica do meu treinamento é feita principalmente caminhando e correndo na esteira. Só que esteria é chato. Não, andar/correr na esteira é MUITO chato. O tempo não passa, a gente corre, corre, corre, corre, corre e corre, olha no cronômetro e passaram-se cinco (CINCO!!) minutos. Estratégia um: tapar o cronômetro. Estratégia dois: fazer de conta que estou de volta à força aérea e cantar mentalmente musiquinhas militares (“Corridinha mixuruca que não dá nem pra cansar, nesse meu passinho lento, vou até o Canadá”… ops, já estou no Canadá…). Estratégia três: pensar em outras coisas para me distrair (revisão dos acontecimentos dos últimos dez anos da minha vida).
Todas as estratégias funcionam por um muito curto tempo, mas depois tornam-se inúteis. Até que a solução se atira na minha frente (não, não são as enfermeiras suecas semi-nuas, pois aí mesmo é que eu não ia conseguir – e nem querer – correr….): música. Preciso ouvir música enquanto faço esteira. Isso! Mas o diskman só trava e não toca direito… Droga de vida, tudo ruim… Desisitir, então?
Nana-nina-nina-não! Nem pensar!
A solução se chama… iPod.
Agora, sim, minha vida mudou…
Até.
2 comentários:
Isso mesmo! Nada de desistir!
O IPod é tudo de bom!!! Eu quero um!!!;o)
Agora, esteira, é chato DEMAIS!!! Não faço, não... detesto! Prefiro ficar pulando nas minhas aulas de jump (aquela com uma caminha elástica), já tentou? É muito gostoso!;o)
Bjoca
Luly :)
Oi Marcelo; Nem me fale. acho esteira, bicicleta um saco. A gente faz a retrospectiva inteira da nossa vida e o tempo não passa, depois de uma semana não tem nem mais em o quê pensar. Ipod foi uma boa solução e vejo que para a Jacque também, mesmo que temporária . bjs,
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