domingo, setembro 07, 2025

A Sopa

Eu acordo cedo.

 

Sempre, desde os meus dezoito anos, mais ou menos. Independente da hora em que vou dormir, independente do quão cansado eu esteja. Acordo e pronto, começo o dia.

 

Lembro dos verões de quase dois meses no litoral norte do Rio Grande do Sul, nos tempos de estudante, quando passei a acordar cedo todos os dias e, por ser o único da turma a fazer isso, acabava indo caminhar e depois jogar vôlei na praia antes de encontrar os amigos. O futebol, esse era no final da tarde. Compensava o despertar cedo com o sono de depois do almoço.

 

Ao longo do tempo, mantive a rotina do despertar cedo mesmo sem alarme despertador. Aos finais de semana, quando em tese poderia dormir até mais tarde, aí é que eu acordava/acordo cedo, talvez para aproveitar mais o dia. 

 

A prática de exercícios logo cedo da manhã sempre me agradou. Por um tempo, praticamente um ano inteiro, eu ia nadar de manhã, entrando na piscina pouco antes das seis da manhã. Tive a fase de sair de casa em dias úteis às seis e meia caminhando como aquecimento para ‘abrir’ a academia às sete horas, além de pedalar aos finais de semana por esse horário, quando o movimento nas ruas é menor e mesmo pedalando duas horas, chegava em casa e ainda tinha boa parte da manhã e o resto do sábado livres. A sensação do dever cumprido é muito boa.

 

Não tenho conseguido, nos últimos tempos.

 

Ainda acordo cedo, como antes, mas não tenho sido tão frequente nessa atividade física matinal. Esse ano, em especial, o inverno, o tempo lá fora, tem me deixado mais receoso, mais quieto. Algumas dores temporárias aqui e ali também limitam vez que outra. Só que sinto falta.

 

Setembro já avança, esperamos que a época de temperaturas mais amenas se consolide e que as chuvas seja poucas. Enquanto isso, e enquanto o joelho não está 100%, o acordar cedo é dedicado a escrever, ao chimarrão e aproveito para praticar destreza em acordes e escalas musicais.

 

Até.