Termina setembro, e outubro passará voando.
É o ciclo do ano: termina agosto e – em um piscar de olhos – estamos em dezembro e as festas e o verão. Mesmo em um ano com poucos feriados prolongados, como esse ora em curso, ainda assim os últimos meses do ano dão a sensação de passarem mais rápido. Estamos já planejando os eventos, familiares e não, que encerrarão dois mil e vinte e cinco. Depois de passar o longo e úmido inverno, seguimos rumo a um tempo melhor.
Há alguns anos, pensei minha semana habitual de trabalho como uma subida de montanha, em que escalava fazendo força até a quarta-feira ao meio-dia, e depois era a descida, mais tranquila, mais leve, até a sexta-feira que prenunciava o final de semana. À época, eu dirigia trezentos quilômetros, metade do que rodava na semana, apenas na terça-feira.
Tempos depois, eu ainda fazia isso e, mais, ainda tinha uma viagem na quinta-feira para algum lugar do Brasil, voltando na sexta-feira e muitas vezes utilizando o sábado de manhã para trabalho em casa. Física e mentalmente cansativo. Valia à pena em termos financeiros, já contei, mas o preço em termos de saúde mental tornou-se alto em determinado momento.
Isso foi ainda antes da pandemia, o que parece ser sido há uma eternidade, em outra vida. Muito mudou desde então, muito mudei. Para melhor, eu prefiro pensar.
Não que eu tenha menos atividades ou tarefas hoje em dia.
Agora, contudo, estou no comando do meu tempo.
Nada é mais importante que isso.
Para mim, claro, para mim.
Até.