Ontem completamos, a Jacque e eu, vinte e nove anos de casados, como escrevi n’A Sopa desse domingo. Por essa razão, a lembrança de que completaríamos esse tempo de casamento, passei a última semana cantarolando uma música quase que em looping. Inclusive ela seria a trilha sonora de possíveis homenagens que eu faria para marcar a data, justamente pelo número.
Vinte e Nove. A primeira música de ‘Descobrimento do Brasil’, trabalho lançado pela Legião Urbana em 1993, e que diz:
Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
Já que você não me quer mais
Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver
Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão
E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez
Pois é.
O meu plano era usá-la como trilha para marcar a passagem da data, porém, ao pensar melhor, desisti. A mensagem da letra não era compatível. Tipo ‘estou aprendendo a viver sem você’ e ‘quando você deixou de me amar’, ou ainda ‘passei vinte e nove anos na prisão’ (que não está na letra, mas...).
Seria uma mensagem dúbia, praticamente uma declaração pedindo socorro. Como eu disse, desisti.
Vamos para trinta. Tenho tempo para encontrar uma música mais adequada...
Até.